segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

“Êste é o Homem!”

Desde que existem pleitos políticos, a propaganda está presente desempenhando um papel fundamental para sua disseminação. A propaganda e publicidade eleitoral procuram em sua maioria transformar opiniões, reflexos e preconceitos através de sua criação, influenciando o ser humano e o meio em sua volta utilizando-se de peças publicitárias.  
A valorização do seu principal dirigente, o Presidente Nacional do Partido de Representação Popular – PRP Plínio Salgado, foi uma das muitas técnicas utilizadas pelo setor de Propaganda do partido para fortalecer idéias e conceitos do PRP, voltadas para conversão, conquista e exploração dos eleitores e seus votos. O maciço uso da imagem de Salgado demonstrava que todos os valores do partido se encontravam presentes em um só homem, irradiando os demais.  
Em muitos artigos de propaganda que foram confeccionados alguns chamam mais a atenção que outros, por justamente utilizar frases imperativas passando este conceito, entre elas o santinho dos anos 50 da campanha presidencial de Plínio Salgado, demonstram claramente está idéia com a frase “Êste é o homem!”.
Acima imagem do santinho produzido pelo Partido de Representação Popular – PRP, para divulgar a campanha presidencial de Plínio Salgado, nos anos 50.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

“Série Entrevista I – Sr. Antonio Gondim Sampaio”


Ficha técnica

Nome: Antonio Gondim Sampaio
Filiação: José Sampaio Primo e Maria Garcia Gondim
Estado: Barbalha – CE
Data do nascimento: 23 de setembro de 1919
Profissão: Empresário

Entrevista realizada no mês de fevereiro de 2011 por Guilherme Jorge Figueira com o veterano da Acção Integralista Brasileira - AIB (1932-1937) e do Partido de Representação Popular – PRP (1945-1965) Sr. Antonio Gondim Sampaio.

Na imagem de 1956, Antonio Gondim, no primeiro plano, e Plínio Salgado. No segundo plano, da esquerda para direita, o Dr. Pio Sampaio, ex-chefe da Acção Integralista Brasileira - AIB (1932-1937) e Antonio Costa Sampaio, líder Integralista, ex-Prefeito de Barbalha (Fonte: Acervo Gondim Sampaio).  

1)     Sr. Antonio Gondim, sempre há o começo na militância política, como foi o seu início?

Em 1938, estudante, fui atraído para o Integralismo, pelas exterioridades: Camisa Verde, Bandeira, desfiles, o Anauê, tudo aquilo eu achava muito bonito e me levou a freqüentar a sede para saber o que era realmente o Integralismo. Assistindo as palestras, lendo os jornais e as revistas do movimento, fiquei fascinado também pela doutrina, que embora sendo um pensamento novo, não tinha nada de que eu pudesse discordar. Em 1940 quando completei 21 anos, a maioridade exigida pelos estatutos para prestar o juramento, me tornei um verdadeiro Integralista. Após o seu fechamento, fiquei afastado de qualquer atividade política, até a fundação do Partido de Representação Popular - PRP, ao qual me filiei.

2)      O senhor fez parte da Acção Integralista Brasileira - AIB, após seu fechamento em 1937, o movimento Integralista voltou a ser representado nacionalmente pelo Partido de Representação Popular – PRP, que aglutinou diversos Integralistas da antiga AIB. O senhor fez parte do Partido? Por quê?

Meu primeiro encontro com o Chefe, aconteceu em 1949 quando ele veio à Fortaleza – CE em campanha pelo PRP. Uma semana antes de sua chegada, eu já estava lá para colaborar nos preparativos. O Partido Comunista – PC ameaçava tumultuar a conferência que ele iria realizar no Teatro José de Alencar. Faixas com os dizeres “ELE NÃO FALARÁ” enchiam a cidade. Por toda parte viam-se pichações com o “FORA PLÍNIO SALGADO”.

Diante dessa situação, nosso maior receio era que o público temendo surpresas desagradáveis, não comparecesse ao teatro. Felizmente isso foi resolvido com palestras nas emissoras locais, garantindo a segurança e mostrando a importância do acontecimento.

Para afastar a hipótese de que eles pudessem cortar a energia do teatro no momento em que o Chefe estivesse falando, o que desencadearia um imprevisível e perigoso estado de pânico, um companheiro, proprietário de uma firma de motores, emprestou um grupo gerador que foi instalado, tornando a iluminação do teatro independente da iluminação pública.

Os episódios que culminaram com a morte do agitador comunista Jaime Calado, na tarde do dia em que à noite, aconteceria a conferência, contribuía para tornar mais tensa a situação. Montamos um sistema de segurança com o apoio da Polícia Estadual, que garantiu a tranqüilidade desejada em toda área adjacente a entrada do teatro.Apesar de visivelmente abalado com os últimos acontecimentos, o Chefe impressionou a platéia com um belíssimo discurso interrompido freqüentemente com aplausos. Ao termino, foi comovente ver aquele imenso auditório não contendo a emoção, levantar-se e aplaudi-lo de pé longamente.

3)      Durante as eleições ocorreram diversas Carreatas Populista para promover a campanha de Salgado para Presidente, na década de 50? O senhor participou de alguma delas? Como elas se desenvolviam.

Nas épocas de eleição, o costume de carreatas, foi sempre uma maneira de demonstrar a preferência por um determinado candidato. Nessa região, como as cidades são muito próximas, as carreatas do PRP se tornavam muito grandes, contando com a participação de todas elas. Realizaram-se várias. Participei de todas.

4)      Chegou ao meu conhecimento que o senhor conheceu Plínio Salgado por duas vezes, como foi o encontro?

O meu segundo encontro com o Chefe foi em 1956 quando ele veio ao Cariri, visitando as cidades de Barbalha, Juazeiro do Norte e Crato, como candidato do PRP a Presidente da Republica. Acompanhei-o em todo percurso, fazendo a cobertura fotográfica. Foram três dias inesquecíveis, marcados pela convivência com um homem verdadeiramente extraordinário, cuja inteligência, cultura, simplicidade e amor a Pátria, só podia ser avaliado por quem o conhecesse de perto.

5) Por fim, qual a mensagem que o senhor deixa a todos os jovens que atualmente buscam informações sobre a trajetória do movimento Integralista?

O Integralismo foi o maior e o mais bonito movimento político da história do Brasil. Empolgou a juventude da minha geração que, vestindo a Camisa e a Blusa Verde, sentiu a felicidade proporcionada pelo orgulho de saber que estava construindo uma grande nação.

Que a juventude contemporânea procure conhecer a verdadeira história do Integralismo para, ajudando a restaurar o esplendor do seu passado de glória, possa realizar o sonho dos seus colegas de ontem e receber os aplausos das gerações que lhe sucederem.

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Abaixo lista de entrevistados:

Entrevista XII: Sr. Marco Antonio Rattes Nunes: (http://historia-do-prp.blogspot.com.br/2013/12/serie-entrevistas-xii-sr-marco-antonio.html);

Entrevista XI: Sra. Ana Carolina Monteiro Porto de Oliveira (http://historia-do-prp.blogspot.com.br/2013/11/serie-entrevistas-xiii-sra-ana-carolina.html);

Entrevista X: Sr. Jeronimo de Araujo (http://historia-do-prp.blogspot.com.br/2013/10/serie-entrevistas-xii-sr-jeronimo-de.html);


Entrevista IX Sra. Lieden Maria de Oliveira Carvalho (http://historia-do-prp.blogspot.com.br/2013/07/ssss.html);











sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

“A Carta de Princípios do Partido de Representação Popular”

O partido ao divulgar sua carta de princípios tinha como principal função transmitir seus objetivos e temas que iriam defender na política nacional. Este importante documento contribuiu para a transparência e publicidade do partido com todos os cidadãos brasileiros que desejavam ter maiores informações sobre o partido e seus candidatos Populistas. Portanto, ao contrário de outros partidos políticos que escondiam seus objetivos e planos de governo, o PRP divulgava abertamente quais eram seus princípios, e o mais importante demonstrava que era possível um partido político ter ideais.

O documento exposto abaixo demonstra quais eram os princípios que apoiavam, declarando ainda a defesa de conceitos basilares como a Importância da Família, Democracia Ética e o Trabalho Dignificado. Aos que conheciam a trajetória de luta do movimento não haveria necessidade de divulgar tal documento, porém era importante para os que não conheciam, para que passassem a deter tais informações; e também aos políticos que pretendiam concorrer pela legenda, uma vez que se o candidato não concordasse com os ideais defendidos pelo Partido de Representação Popular sua filiação ficaria impossibilitada.

Abaixo o documento oficial do Partido de Representação Popular editado pelo Diretório Municipal de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, e publicado na revista Avante!, n°2, fevereiro e abril, ano 1950.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

“A história do Sino de Prata”



Durante a fundação do Partido de Representação Popular – PRP , na década de 40, uma das muitas preocupações era criar uma marca que traduzisse a política e o caráter defendido pelo PRP. Ao se criar a imagem que representou o partido durante décadas buscou-se um ícone simples, sem muitos detalhes, o qual passasse a idéia principal do partido.

O resultado desta busca foi um sucesso, a associação do mapa do Brasil com o sino de prata demonstra claramente que o Partido de Representação Popular está sempre alerta contra os perigos que rondam a nação brasileira, soando assim suas badaladas e alertando a população em qualquer sinal de perigo para defender o Brasil.

O sino não tem apenas sinal representativo, antes do início de cada reunião Populista nos diretórios Municipais, Estaduais e Nacionais, ecoava na sala as badaladas para marcar o início da reunião, criando uma mística no local. Infelizmente não se sabe quem teve a idéia do sino como marca representativa do partido, porém pode-se afirmar sem dúvida que foi uma das muitas marcas do Partido de Representação Popular.

Na imagem abaixo o poema de autoria do Presidente Nacional do Partido de Representação Popular – PRP Plínio Salgado, publicado na revista Avante!, Ano I, N°1, janeiro de 1950, neste poema Salgado demonstra toda a mística do símbolo Acima ícone do PRP de autoria desconhecida.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"Populistas na defesa da disciplina escolar Educação, Moral e Cívica”


Durante a trajetória do Partido de Representação Popular – PRP, o partido defendeu diversas bandeiras coerentes com sua carta de princípios, divulgada logo após o registro da sigla nos órgãos federais competentes.

Uma das muitas bandeiras defendidas era a inclusão obrigatória da disciplina de “Educação Moral e Cívica” no programa escolar das redes pública e particular de ensino, tornado presente no currículo escolar de todos os estudantes brasileiros.

A luta em defesa da material obteve resultado, em setembro de 1969, o Governo Federal editou o Decreto-Lei n°869 que estabeleceu a obrigatoriedade da disciplina em todos os níveis escolares, tornando, inclusive obras de Plínio Salgado como uma das principais fontes oficiais sobre o assunto.

A finalidade da absorção da matéria no programa escolar era clara, aprimorar o caráter do estudante, com apoio na moral, na dedicação à família e à comunidade e o preparo do cidadão para o exercício das atividades cívicas com fundamento na moral, no patriotismo e na ação construtiva, visando o bem comum.

Os críticos apontavam que a disciplina possuía um objetivo subliminar que era adestrar e catequizar os alunos, porém a matéria se manteve em todo o decorrer do Regime Militar (1964-1985). No inicio da redemocratização as criticas se intensificaram e a matéria tornou-se uma das muitas lembranças do período antidemocrático que o Brasil viveu, tornando-se assim insustentável no novo regime democrático.

Acima imagem da matéria publicada na revista Nova Geração, página 22, editada pelo Centro Cultural Pedro Estellita Herkenhoff, s/d, aonde o autor Deolindo A. Tavares Costa defende a inclusão da disciplina Moral e Cívica nas escolas brasileiras.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

“Ícones do Partido de Representação Popular”

Hoje apresento aos leitores do blog uma imagem curiosa enviada pelo Sr. Sergio Vasconcellos das carreatas Populistas promovidas pelo Partido de Representação Popular – PRP, durante as campanhas eleitorais.

A imagem retirada da revista Avante!, em 1950, registra o carro da marca Chevrolet e os senhores  José Antonio Barata, José Rezende de Almeida, Justino de Carvalho Franco e Henrique Pires de Oliveira, em Juiz de Forra – MG, à frente do automóvel utilizado e ornamentado pelo Partido de Representação Popular para chamar a atenção do público presente em seus comícios. Geralmente o veiculo antes das manifestações percorria a cidade, com seus alto-falantes, informando aos cidadãos da região sobre o evento promovido pelo PRP e a presença de seus principais políticos no evento.

As imagens publicadas originalmente na revista Avante!, órgão oficial do partido, que possuiu apenas 3 edições, tinha como principal objetivo documentar as atividades em todo o território nacional, se transformando em um álbum fotográfico do partido. Nas próximas postagens irei trazer maiores informações sobre esta revista aos leitores.


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

“Socialistas mobilizam Partidos Políticos para combater o Partido de Representação Popular”

Em entrevista concedida pelo Vice-Presidente do Partido de Representação Popular (PRP) Dr. Augusto de Lima Junior, na cidade de Minas Gerais, ao Diário da Tarde, em 1949, o dirigente faz duras criticas a intenção de alguns Socialistas para mobilizar os diversos Partidos Políticos presentes no cenário Nacional em uma Frente Única contra o PRP.

Durante a entrevista o Vice-Presidente do PRP afirma que estas intenções não terão êxito, já que os Socialistas só iram contar com a ajuda dos seus próprios correligionários, atribuindo ainda estas intenções ao Sr. João Mangabeira, critico constante do Partido de Representação Popular.

Abaixo a noticia da entrevista na integra publicada pelo Jornal Trincheiras, n°03, Ano I, de 1949, editado em Natal, que contava com a direção de Virdiano de Andrade, Secretario G. M. de Andrade e Redator Cleando C. Gomes.  

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

“Revista de História da Biblioteca Nacional pública artigo sobre Partido de Representação Popular”


No mês de outubro de 2010 a edição n.61 da Revista de História da Biblioteca Nacional (RHBN), traz uma importante colaboração para os novos pesquisadores sobre o Partido de Representação Popular (PRP), com a reportagem “A nova face do movimento - Depois de oito anos na clandestinidade, os integralistas participaram ativamente da política do país no pós-guerra”. Ilustrada pelo acervo pessoal do Professor Marcus Ferreira, o Professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Gilberto Calil, apresenta a história do PRP de forma clara e ampla ao leitor e público especializado de forma inédita  sobre o tema.




Atualmente os interessados podem adquirir os números antigos da revista pelo portal http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/.  Acima imagens da reportagem “A nova face do movimento”, publicada pela RHBN de autoria do Professor Gilberto Calil.