sábado, 25 de agosto de 2012

“Para Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul Dr. Luiz Alexandre Compagnoni”


Trago hoje aos leitores do blog um santinho político do candidato pelo Partido de Representação Popular – PRP (1945-1965), fundador do jornal gaúcho O Pioneiro, Dr. Luiz Alexandre Compagnoni, enviado gentilmente por um leitor do blog Populista, que circulou durante a campanha para Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

O autor do livro Ação Vocacionalista do Brasil e idealizador do monumento ao Imigrante, localizado em Caxias do Sul – RS, teve seu nome lembrado e homenageado, através da resolução n. 2.980, publicada no Diário Oficial do Estado n.237 de 14 de dezembro de 2006, aonde se estabeleceu a criação da Comenda Laços Continentais Luiz Alexandre Compagnoni. Esta distinta medalha honorifica é concedida atualmente às pessoas físicas e jurídicas que tiveram notório destaque em favor da integração étnica no Estado do Rio Grande do Sul, em prol do desenvolvimento cultural, turístico e econômico. 


Acima imagem do santinho do candidato pelo Partido de Representação Popular – PRP (1945-1965) Dr. Luiz Alexandre Compagnoni, nota-se o excelente estado do artigo. Infelizmente esta peça histórica não traz  o Estado da Federação, nem a data que circulou, porém podemos afirmar apenas que ela circulou no Estado do Rio Grande do Sul, já que o candidato nunca disputou uma eleição fora desta região. 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

“Livro de Veterano dos Centros Culturais da Juventude e lançado na ANPUH-SP”


 
A Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, nos dias 03 a 06 de setembro de 2012 estará realizando o XXI Encontro Estadual de História – ANPUH-SP,  intitulado “Trabalho, Cultura e Memória”.  Durante o evento foram selecionadas diversas publicações para serem lançadas no decorrer dos trabalhos, dentre elas o livro “Nazismo tropical? O Partido Nazista no Brasil” da pesquisadora, integrante do Grupo de Estudos Integralistas – GEINT, Profa. Ana Maria Dietrich.
Outro livro selecionado, listado para ser novamente lançado na ANPUH-SP, e a autobiografia “Memórias de um ex-seminarista” do escritor veterano do Centro Cultural da Juventude Jackson Figueiredo, entidade ligada à Confederação dos Centros Culturais da Juventude – CCCJ, Sr. Rufino Levi D´ Avila.  Inclusive, este livro já foi motivo de outras postagens neste blog, sendo lançado na ANPUH-RJ, como o leitor pode conferir no endereço: http://www.historia-do-prp.blogspot.com.br/2012/07/livro-de-veterano-dos-centros-culturais.html
Abaixo a apresentação do evento (www.encontro2012.sp.anpuh.org):
“Cumprindo a tradição de dividir entre as universidades públicas a responsabilidade de abrigar o Encontro Estadual que a ANPUH-SP realiza em sistema de rodízio, a cada dois anos, nos intervalos dos simpósios nacionais, coube à UNICAMP/Campinas sediar o evento, ora em sua vigésima primeira edição. O tema escolhido no último encontro (UNESP/Franca, 2010) – Trabalho, Cultura e Memória – será abordado nas conferênciais, servindo também de inspiração, no âmbito dos seminários temáticos, para a maioria dos trabalhos apresentados.
O Encontro é oportunidade ímpar para reunir professores, pesquisadores, e estudantes, promovendo intercâmbio de idéias e experienciais sobre tema que põe à prova, mais uma vez, a possibilidade de responder a problemas complexos em plurais que não são freqüentemente submetidos, nos vários ambientes de nossa atuação profissional: da sala de aula das escolas de ensino fundamental, médio e superior ao acervo das instituições de custódia de documentos. De todos eles partem, a rigor, insumos capazes de tornar férteis e pertinentes as incursões que, por dever de ofício, fazemos em direção ao passado, nesse caminho de mão dupla que se alimenta das contradições do presente. Eis a razão por que, dentre os objetivos do evento, cumprem destacar a reflexão sobre papel do historiador em suas múltiplas possibilidade de intervenção, notadamente nas áreas educacionais, políticas e cultural.
Conferênciais, seminários temáticos, mesas redondas, cursos e pôsteres, serão apresentados ao longo da semana, expondo as diferentes tendências da historiografia brasileira. Além da discussão verticalizada das questões metodológicas e teóricas sugeridas pelos temas e suas respectivas abordagens, tais atividades incidem também sobre os problemas referentes ao ensino de graduação e de pós-graduação. Nesse particular, o Encontro privilegia a correlação existente entre a produção do conhecimento histórico, de um lado, e o conteúdo do ensino de História em todos os níveis do sistema formal de educação, de outro. Tal preocupação estará expressa na Paula da reunião do Fórum de Graduação que privilegiará a discussão sobre temas relevantes para a formação do profissional de História em sua relação com demandas sociais e com as políticas públicas relacionadas à área.”

terça-feira, 14 de agosto de 2012

“Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro – IIRio realiza evento sobre Integralismo”


O Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro – IICRio, em conjunto com a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UniRio, estarão realizando em ocasião aos 90 anos da marcha sobre Roma, evento histórico que culminou na nomeação de Benito Mussolini (1883-1945) ao cargo de Primeiro Ministro da Itália, em 1922, uma ampla mesa de discussões sobre o tema, aberto a estudantes e pesquisadores que discutirão as influencias da doutrina Fascista na Itália e no Brasil.
Entre os diversos convidados presente no evento destacam-se os professores João Fábio Bertonha e René Gertz, que possuem diversos trabalhos publicados sobre Integralismo. Em especial indico aos freqüentadores do blog Populista o livro “O Estado Novo no Rio Grande do Sul”, escrito por Gertz e publicado pela editora UPF, no qual faz um apanhado sobre o aparelho repressivo criado pelo Estado Novo (1937-1945), abordando principalmente a intensidade da perseguição na região.
Lembro a todos que o evento e aberto ao público, abaixo a programação e endereço:
21/08
14h00 – O Fascismo como novo modelo político / Prof. Giordano Bruno Gerri, Universidade de Roma / Debatedor: Massimo Sciarretta – UniRio.

28/08
14h00 – A esquerda e o Fascismo: do Biênio Vermelho à Resistência / Prof. Giorgio Sacchetti, Universidade de Padova / Debatedor: Prof. Ricardo Salles – PPGHS-UERJ/UniRio.

04/09
14h00 – Futurismo e Fascismo, Arte e Política / Prof. Orlando de Barros, Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Debatedor: Profa. Márcia Chuva – UniRio.

11/09
09h00 – Mesa-redonda: Fascismo e Antifascismo no Brasil, A “Diplomacia Paralela” de Mussolini. Política, emigração e cultura num projeto imperial, 1922-1940 / Prof. João Fábio Bertonha, UEM.
A Frente Única Antifascista no Brasil / Prof. Ricardo Figueiredo de Castro, UFRJ.
Antifascismo italiano no Brasil e as esquerdas: uma genealogia – Prof. Carlo Romani, UniRio.

11/09
14h00 – Mesa-redonda: Integralismo, Nazismo e Neofascismo
O Neofascismo – Prof. Francisco Carlos Teixeira da Silva, UFRJ
Integralismo e Nazifascismo no Sul do Brasil – Prof. René Gertz, PUCRS
Teoria da História e Historiografia do Holocausto: o problema da continuidade histórica – Prof. Pedro Caldas, UniRio.

Endereço: UniRio – Av. Pasteur, n°458 – Auditório Paulo Freire (CCH) – Urca, Rio de Janeiro – RJ, maiores informações: fascismo90@gmail.com

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

“Obras artísticas do camisa-verde Guido Mondin expostas na Casa Branca – EUA”

O interesse repentino na figura do camisa-verde e membro fundador do Partido de Representação Popular – PRP (1945-1965) Guido Fernando Mondin, devido ao ano do seu centenário, fez com que o número de visitas aumentasse consideravelmente nas últimas semanas. Este personagem já foi tema de algumas postagens neste blog, porém devido a grande procura por informações sobre Guido Mondin é importante que se forneça instrumentos para que os estudantes possam fazer suas pesquisas de forma substancial, sem informações desencontradas, que infestam a Internet atualmente e servem como base, infelizmente, de trabalhos escolares e universitários.

Sendo assim, com o intuito de ajudar nas pesquisas, trago aos freqüentadores do blog a revista eletrônica SENATUS, v.3, n.1, pág. 8/13. publicada pela Secretaria de Informações e Documentação do Senado Federal (SIDOC). Infelizmente a revista deixou de ser editada em 2010, porém a edição exposta faz um importante apanhado do legado artístico de Guido Mondin, relatando que suas telas (mais de 4.000 mil ao todo) estão expostas em diferentes museus pelo mundo, inclusive na exposição permanente da Casa Branca.


Para acessar a publicação completa, basta digitar o endereço:

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

“Populista Guido Mondin e homenageado na Semana da Pátria de 2012”

O artista plástico, escritor e político Guido Fernando Mondin, se vivo ainda estivesse, completaria 100 anos no dia 06 de maio de 2012. Esta data foi lembrada em diversos eventos pelo Brasil, tendo se concentrado principalmente as homenagens nos Estados do Rio Grande do Sul – RS e no Distrito Federal – DF.

Entre as homenagens já realizadas e as que estão por vir uma merece destaque, trata-se da Semana da Pátria de 2012, que será realizada pela Prefeitura de Caxias do Sul, local este diversas vezes retratado em suas pinturas, o desfile acontecerá no dia 07 de setembro, das 09h às 12hm sendo aberto ao público, é importante ressaltar que as homenagens não estarão restritas ao Município, todo o Rio Grande do Sul estará homenageando a figura de Guido Fernando Modin durante as festividades.
Abaixo trecho do discurso realizado no Senado Federal, pelo então Senador Pedro Simon – PMDB/RS, no dia 23 de agosto de 2000, ano do seu falecimento, no qual fala um pouco da sua trajetória política:  “(...) Em 1933, já casado, passou a interessar-se ainda mais pela Política. Como se sabe, nos anos que sucederam a Revolução de 30, teve início intenso debate sobre a legislação social. Os trabalhadores se organizavam em sindicatos. Guido Mondin aderiu, então, à Ação Integralista Brasileira, cujo programa atraía grande parte de jovens no Rio Grande do Sul.
 Com o advento do Estado Novo, extintos os partidos, Guido Mondin concentrou-se na sua formação intelectual. Formou-se em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em 1945.
 Após a redemocratização do País, com o ressurgimento dos partidos políticos, Guido Fernando Mondin reencontrou-se com outra das suas mais fortes vocações. Filiou-se ao Partido de Representação Popular e, mesmo contra sua vontade, atendendo a insistentes pedidos de amigos, candidatou-se à Assembléia Nacional Constituinte, não conseguindo ser eleito.
 Nas primeiras eleições municipais que vieram a seguir, mesmo sendo porto-alegrense, Guido Mondin foi lançado candidato a Prefeito de Caxias do Sul.
 Sua campanha foi memorável. Usou inúmeros recursos de propaganda desconhecidos na época, como projeções de caricaturas nas paredes dos edifícios; alto-falantes em aviões teco-teco; comícios ambulantes em que se fazia seguir de viaturas, antecipando as carreatas de hoje; e também o uso pioneiro das emissoras de rádio. Não foi grande a sua votação. Em Porto Alegre e em Caxias, não ganhou as eleições.
 Em outubro de 1948, com 35 anos, assumiu, pela primeira vez, um cargo público: tomou posse como suplente na Assembléia Legislativa. Apesar de sua marcante atuação, em especial nas Comissões de Obras Públicas e Agricultura, preferiu voltar à atividade empresarial. Quis dedicar-se à instalação de uma indústria em Caxias do Sul.
 Eleito Deputado Estadual, exerceu o cargo entre 1951 e 1955, ano em que foi eleito, numa coligação partidária, Vice-Prefeito de Caxias do Sul. Em duas oportunidades assumiu a prefeitura. Em 1956, esteve na Câmara dos Deputados exercendo um curto mandato, já que era o primeiro suplente.
 Em 1958, candidatou-se ao Senado pelo Partido de Representação Popular, numa coligação litigiosa com o Partido Trabalhista Brasileiro. Fazendo uso de sua grande habilidade, conseguiu aparar as arestas e remover as antigas animosidades entre as duas agremiações. Foi eleito ao cabo de uma memorável campanha de nove meses de duração, tendo pronunciado mais de 1.500 discursos.
 Foi uma eleição de impacto no Rio Grande do Sul. Nesse momento, o Governador eleito foi Leonel Brizola. E Leonel Brizola, do PTB, fazia uma aliança com o PRP, dando a vaga que era de Alberto Pasqualini aqui no Senado a Guido Mondin, obtendo uma vitória estrondosa e completamente inesperada, porque eram forças diferentes que se uniam e conseguiam a vitória.
 É interessante notar que naquele pleito foi registrado o menor índice de abstenção da história política do Rio Grande do Sul. Reparem como incendiou a emoção aquele debate, aquela luta inesperada de forças diferentes que se uniam, que se integravam. O menor índice de abstenção até hoje em todas as eleições do Rio Grande do Sul foi o registrado no pleito em que Guido Mondin foi eleito Senador da República. Compareceram para votar um milhão duzentas e quatorze mil pessoas, de um total de um milhão duzentos e setenta e quatro mil pessoas aptas a votar. A abstenção foi de apenas 4,7%.
 Guido Mondin exerceu seu primeiro mandato como Senador entre 1959 e 1967. Extintos os partidos pelo Regime Militar, em 1966, filiou-se à Arena. Naquele mesmo ano obteve sua segunda eleição para o Senado - àquela época havia a fórmula da sublegenda. Concorreram com ele Mário Mondino e esta figura extraordinária de Synval Guazelli, hoje Deputado Federal do Rio Grande do Sul, uma das figuras mais dignas, mais brilhantes e mais extraordinárias da vida pública do Rio Grande do Sul e do Brasil. Aproveito esta oportunidade em que estou aqui saudando Guido Mondin e vendo a figura de Synval Guazelli, para levar a ele todo o apreço, todo o afeto, toda a admiração do Rio Grande do Sul. Mais ainda quando, atravessando dificuldades na sua saúde física, está presente na dignidade do seu caráter e na vibração total do seu intelecto, honrando o Rio Grande do Sul e o Brasil. Muito obrigado, meu irmão Synval Guazelli. (Palmas)
 Interessante que Guido Mondin foi eleito Senador pelo PTB e PRP. Mais da metade do Rio Grande do Sul votou nele em 1958. Veio a Revolução, o golpe de Estado – prefiro falar em golpe -, e Guido Mondin, com as forças a que pertencia, integrou-se à Arena (...)”
Para encontrar o discurso completo, acesse: