sábado, 13 de outubro de 2012

Gustavo Barroso, Museu Histórico Nacional e a formação do Partido de Representação Popular – PRP (1945-1965).


O escritor, cronista e historiador Gustavo Adolfo Luiz Guilherme Dodt da Cunha Barroso, nascido em Fortaleza, capital do Ceará, em 1888, participou inicialmente das arregimentações para formação do Partido de Representação Popular – PRP (1945-1965), legenda essa que aglutinou grande parte dos ex-integrantes da extinta Açcão Integralista Brasileira – AIB (1932-1937), pelo Estado Novo (1937-1945). Gustavo Barroso, desencantado com os rumos tomado, deixou as negociações de lado, dedicando-se, nos anos subsequentes, aos seus trabalhos como escritor e historiador, em especial para a consolidação do primeiro Museu de história do país, o Museu Histórico Nacional - MHN, voltado principalmente a instrução pública, idealizado, criado e dirigido por ele , até o ano de 1959.

Estruturado inicialmente em duas seções: Arqueologia e História, foi sendo ampliado gradativamente durante os anos, sendo atualmente referência na conservação da história nacional, e reconhecido como um dos principais aparelhos culturais do Brasil, além de ter sido criado, pela instituição, em 1932, o primeiro curso de museus das Américas, com o intuito de fornecer uma formação técnica, especializada aos futuros profissionais que atuariam nos museus espalhados pelo país.

No mês de agosto o Museu Histórico Nacional completou 90 anos de existência, sendo os eventos festivos amplamente divulgados, a exposição comemorativa do aniversário da instituição ficará em cartaz até o dia 14 de outubro de 2012, aonde o visitante poderá encontrar grande parte da trajetória da instituição, representada por 350 peças, divididas em módulos temáticos. Ao longo do percurso o visitante também poderá interagir com a exposição que apresenta fotografias da evolução do conjunto arquitetônico do MHN, algo pouco comum nos museus brasileiros. 

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Museu Histórico Nacional
Praça Marechal Ancora, s/n, próximo a Praça XV



Acima imagem da carta escrita por Gustavo Barroso pedindo isenção ao Tribunal de Segurança Nacional dos acontecimentos referentes ao processo de 11 de maio de 1938, conhecido pela historiografia oficial como Intentona Integralista (Fonte: Museu Histórico Nacional). 

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